CIM do Médio Tejo envia exposição ao Ministro da Saúde e reitera pedido de reunião
Os Presidentes do Médio Tejo têm vindo sistematicamente, a manifestar a sua preocupação face à constante e rápida degradação das atividades de saúde pública e dos meios necessários ao exercício das competências da autoridade de saúde na área geográfica abrangida.
Face aos atuais estrangulamentos e às condicionantes do Ministério da Saúde, a preocupação tem incidido, com maior pertinência, na efetiva e eficaz articulação que poderia existir, entre a prestação de cuidados de saúde primários e a prestação de cuidados diferenciados, questão que parece ser alheia à do modelo de organização e funcionamento que tem vindo a ser adotado para os diferentes serviços públicos de saúde nesta região.
Nesse sentido, e porque se constatam situações críticas, gravosas e problemáticas para a população em causa, parece, pertinente e justificativa, a necessidade de uma nova ponderação sobre a criação da ULS – Unidade Local de Saúde do Médio Tejo, com eventuais adaptações, face às experiências já ocorridas em outros locais do país.
Atingindo-se já um universo, em todo o Médio Tejo de cerca de 38 000 utentes sem médico segundo os dados de março/2014 e, havendo necessidades de assegurar o funcionamento em rede dos três hospitais – Abrantes, Tomar e Torres Novas, através do Centro Hospitalar do Médio Tejo, considera-se que a agregação, numa única entidade pública empresarial dos hospitais e dos centros de saúde existentes na região do Médio Tejo, viabilizaria a partilha e a otimização dos recursos e consequentemente a melhoria da prestação dos diferentes tipos de cuidados de saúde, incluindo os cuidados de saúde continuados à população, na qual existe uma faixa etária deveras envelhecida nesta região.
Esta agregação, face à coincidência única no país de haver no Médio Tejo três Hospitais, cuja localização geográfica é relativamente equidistante no território, bem como às exigências cada vez maiores das populações em matéria de acesso e satisfação das suas necessidades em saúde, com níveis de qualidade acrescidos, impõe, face aos atuais estrangulamentos, que se proceda a uma reengenharia do sistema de saúde numa perspetiva organizacional.
Assentando a melhoria da prestação de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde, em parte, na criação de condições que possibilitem a melhor gestão das suas instituições e a melhor articulação dessas instituições entre si e com outras instituições na mesma área geográfica, os Presidentes do Médio Tejo reconhecendo a difícil situação que hoje todos enfrentamos, no sentido de, em primeiro lugar, salvaguardar o bem maior que é a Saúde, deliberam expor estas preocupações ao Ministro da Saúde, de modo a que seja ponderado e estudado, tão breve quanto possível, novas formas de atuação, pela eventual criação da ULS – Unidade Local de Saúde do Médio Tejo, para: